A data reconhece e dá importância à atuação desses profissionais. O 7 de abril marca uma série de lutas pela liberdade de imprensa e pela ampliação da democracia por meio da mÃdia.
por Paulo Roberto Maciel e Evellyn Gislene de Castro
O dia do jornalista acontece nesta sexta-feira, 7, homenageando os profissionais da mÃdia responsáveis por apurar os fatos, analisá-los e divulgá-los para a sociedade de forma coerente, sincera, ética e objetiva.
Os acontecimentos apurados pelos jornalistas podem variar de ocorrências locais, regionais, nacionais ou internacionais. Para isso, sempre por trás de uma cobertura narrada por um repórter, há uma equipe de profissionais competentes e dedicados a levar a informação de forma clara e precisa para a sociedade.
Por que o dia 7 de abril?
A data foi escolhida pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI) em homenagem ao médico e jornalista Giovanni Battista LÃbero Badaró. Ele foi uma importante figura na luta pelo fim da monarquia portuguesa e pela Independência do Brasil. O jornalista foi um defensor da liberdade de imprensa e mantinha um jornal de oposição ao Império Brasileiro na época, o O Observador Constitucional.
LÃbero Badaró foi morto em uma emboscada armada por inimigos polÃticos no dia 20 de novembro de 1830. Supõe-se que suas últimas palavras foram um grito pela liberdade de imprensa, tendo elas sido publicadas na edição póstuma de seu jornal, em uma edição dedicada a morte de seu criador.
"Morro defendendo a liberdade", ou ainda, "Morre um liberal, mas não morre a liberdade", teria dito.
Vale lembrar que o dia 7 de abril também é a data inaugural da Associação Brasileira de Imprensa, fundada em 1908, com o objetivo de assegurar os direitos trabalhistas dos jornalistas.
A celebração do Dia do Jornalista
A data é mais do que um perÃodo de homenagens para os jornalistas, pois é também utilizada para lembrar a população das dificuldades que os profissionais da comunicação sofrem ao cumprir com o seu papel. A maior parte das reclamações dos trabalhadores da área se dá pelos baixos salários, alta carga horária de trabalho e, acima de tudo, o cerceamento da liberdade de expressão.
De acordo com o Repórteres sem Fronteiras (RSF), o Brasil ocupa atualmente a 110 ª posição no ranking mundial de liberdade de imprensa. Entre 181 paÃses representados, a o território brasileiro é o 2º mais letal para jornalistas no continente, atrás apenas do México. Foram ao menos 30 assassinatos de profissionais na última década.
O momento é bastante oportuno para a exigência de melhoria nas condições de trabalho, como a movimentação dos últimos meses da Federação Nacional dos Jornalistas e seus sindicatos associados em defesa da PEC do Diploma dos Jornalistas. É também um lembrete à população de que com a falta de profissionais capacitados, muitas pautas e discussões importantes poderão deixar de ser tratadas com seriedade e profissionalismo, primordiais do meio jornalÃstico.
O Jornalismo representado na SONU
Na Simulação da Organização das Nações Unidas (SONU), os estudantes de jornalismo possuem um papel fundamental. DistribuÃdos em quatro funções, secretários de comunicação, editores, assessores e repórteres, os futuros jornalistas simulam a experiência prática do que é trabalhar com Jornalismo Internacional.
Os editores são os responsáveis por gerenciar o comitê mais tradicional dos eventos da SONU, o Comitê de Imprensa Internacional (CII). Juntamente com os repórteres inscritos, eles produzem as notÃcias que são veiculadas durante os dias de Simulação, ajudando na imersão de todos que participam dos eventos.
Assessores, por sua vez, são ligados à algum dos outros comitês simulados no evento. Eles gerenciam a comunicação entre os participantes dos debates e os veÃculos de comunicação, produzindo releases e auxiliando os delegados nas entrevistas e coletivas de imprensa.
A cada ano, a participação dos alunos de Jornalismo dentro da SONU vem se tornando mais importante e mais requisitada. O projeto almeja produzir ao longo de todo o ano conteúdos jornalÃsticos reais, aumentando mais a imersão dos estudantes ao mundo meio jornalÃstico.
Revisão de texto: Guilherme Siqueira