Em simulação ocorrida neste sábado (29), Ucrânia, China e Reino Unido fizeram cobranças à Rússia, que se absteve de responder a quaisquer questionamentos na reunião do ACNUR.
Por Ana Lis Freitas e João Pedro Matos, alunos do ensino médio do Colégio Master
Membros da ACNUR deliberam a respeito das violações de direitos humanos em campos de refugiados ao redor do mundo. Foto: Ana Lis Freitas
Durante a primeira sessão do conselho do ACNUR, membros da delegação da Rússia mantiveram-se em silêncio quando questionadas sobre a participação do país na violação de direitos humanos durante a guerra da Ucrânia. Ocorrida na manhã deste sábado (29), na cidade de Fortaleza, a reunião ficou marcada por acusações que vão desde torturas a até abusos sexuais cometidos por parte do exército russo.
No início da sessão, os representantes da Ucrânia acusaram a Federação Russa de cometer crimes de guerra durante o conflito que se estende desde 2022. As cobranças foram reiteradas pelas delegações do Reino Unido e da China, mas apesar do apoio do país asiático, a segunda maior economia do mundo segue fornecendo armamentos aos russos.
No decorrer da sessão, a representante do Reino Unido chegou a aconselhar a delegação russa, mas o país liderado pelo Presidente Vladimir Putin manteve o silêncio perante todos os questionamentos e acusações. O único momento de fala das russas foi silenciado por falta de comprovação dos dados apresentados.
Delegação da Federação Russa não apresentou nenhuma contraposição perante às acusações sofridas. Foto: Ana Lis Freitas
Apesar do debate acalorado, pouco se argumentou para se pôr um fim às problemáticas da violação dos direitos humanos nos campos de refugiados. Tal temática deveria ter sido o centro de todas as discussões desta sessão.
Revisão de texto: David Andrade, discente de Jornalismo na Universidade Federal do Ceará